sábado, 12 de novembro de 2011

PARA O MEU QUERIDO POETA E AMIGO - CARLOS MORAIS DOS SANTOS - TRÊS DIAS ANTES DO SEU ANIVERSÁRIO.

CARLOS MORAIS DOS SANTOS

QUERO BEIJAR TUAS CHAGAS
Lúcia Helena Pereira
(Ao poeta português Carlos Morais, em 25 de abril/2010)


Quero beijar tuas chagas e senti-las minhas
Buscar a paz da tua alma, embora a dor se faça
Da ferida aberta no coração de tua Pátria amada.

Quero curar as dores todas que se incrustaram
Em tua amarga memória de ontem,
Quando te roubaram do lar e te fizeram cativo
Da insensatez, do abuso de poder,
E...sem nada poder fazer...apenas deixou-se ferir
No grito mudo pedindo justiça para o povo.

Quero lhe dar um pouco do meu sossego
Às tuas recordações sangrando e se encrespando,
Pelos estuários dos sofrimentos e apelos
Muito além de todo o mal.

Quero um sorriso de menino em teu rosto brando
Rosto de homem bom, sábio, homem-poesia
Que lindamente clama por justiça e dignidade,
Para a tua Pátria de tantos louvores.

Quero salvar tuas feridas enquanto posso,
Enxugar tuas lágrimas e acalmar teu coração,
Neste 25 de abril e sempre.

Quero uma paz de luz desmaiando dos véus do espaço,
Rasgar dissabores e pintar uma tela só de branco
E convidar o meu poeta, para falar de aquarelas
Diletas, belas, saudares de um dia amoroso e terno
Que se faz luz, em Portugal!

Um comentário:

  1. O BALSÂMO DE BEIJOS EM FERIDAS

    Cara Amiga, reli agora, emocionado
    O belo poema que seu afeto dedicou
    Beijando minhas feridas do passado
    E outras do presente que me marcou

    Foram e são dores em mim presentes
    Por haver tanta injustiça e sofrimento
    Neste mundo desumano, de descontentes
    Por falta de liberdade, de justiça e alimento

    Relembro minhas vãs lutas de ardente cidadania
    De jovem que se fez alguem civicamente empenhado
    Em Valores herdados de meu pai, lutador cívico que sabia
    Ser esse o património que enriquece e me tem humanizado

    Tambem de “erros meus, má fortuna e amor ardente”
    Há feridas mal saradas a fazer meu “Sossego Intranquilo”
    E é tudo isso que faz minha poética contente e descontente
    Contente pelo amor que existe e se renova em tudo aquilo,
    Que fazemos por um mundo melhor para que toda a gente
    Viva em Liberdade, com amor mais solidário e mais tranquilo
    Onde “a poesia das flores e do amor” ainda tão persistente
    Em poetas como a minha amiga Lúcia Helena faz em estilo
    E beleza sublime, seu dom que oferece amor e Luz imanente
    Porque seu SER, Lúcia, oferece luminosidade e mais aquilo
    Que tem à flor da pele e no pulsar de seu coração quente
    Que é a renovada generosidade de se dar aos outros naquilo
    Que apazigua dores de feridas que são de todo o descontente
    Que sofre de chagas não só suas, por isso vive tão Intranquilo.
    Mas enquanto houver poetas que beijam feridas meigamente
    Com flores e amor, essência poética do seu SER, tambem naquilo
    Que transcende a poesia nas palavras e não é versejar somente
    Eu sei que a poesia será sempre a arte de amar tudo, todos e aquilo
    Que é um canto eterno à vida vivida, sofrida, ou sentida contente

    Por isso beijo seu coração aberto que se desflora em flores e amor
    Grato por trazer gotas aos meus cansados olhos, ao reler sua poesia
    Que alem dos versos, oferece seus afetos que adoçam com o calor
    De seus beijos solidários em minhas feridas, o balsâmo que alivia!

    Carlos Morais dos Santos
    Natal, 11 de Novembro de 2011

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