domingo, 1 de janeiro de 2012

"VEJO SEMPRE O SOL RESPLENDENTE ENTRE AS ÁRVORES DO VELHO ENGENHO PITUAÇU. E SEUS LUMES SÃO COR-DE-ROSA" - EDUARDO GOMES DE CARVALHO,

"Somos iguais, Lúcia, temos os engenhos em nossa miragem e nossa saudade ancestral. Viemos daquele mundo imerso em nossos mundos! Sentimos e pressentimos o pulsar dos tempos sem esquecermos as coisas boas que os nossos avós, nossos antepassados nos ensinaram. E os engenhos, dos quais eles tiravam o sustento, eram as suas paisagens eternas que os acompanhavam, até o fim.
Até hoje, jamais encontrei um amanhecer mais belo do que no engenho, Pituaçu, em Canguaretama/RN, onde o sol resplendente exibia seu tom cor de rosa!
Viemos dessa gleba de senhores de engenho. Eis o motivo da nossa sensibilidade, sempre aflorando."!
Eduardo Gomes de Carvalho, neto, filho e dono Do Pituaçu, em tupi-guarani: camarão pequeno.

Graças à Violante Pimentel, conheci a família de José Geraldo de Carvalho: a viúva Marília Gomes de Carvalho e o filho - o poeta e senhor de Engenho - Eduardo Gomes de Carvalho.

Eduardo e eu, em plena euforia da passagem do ano velho, no Hotel Rifoles, em ponta Negra, ao som da orquestra Super O´ Hara e diante do Atlântico, tivemos os melhores momentos resgatando nosso amor telúrico!
Entrada do Engenho Pituaçu, em Canguaretama/RN, de fogo aceso, é um dos encantos do lugar e a marca eterna de muitas gerações.
"A casa-grande, Lúcia, permanece de pé, conservada em sua bela arquitetura, sua história e suas lendas. Às vezes tenho a sensação de ouvir vozes e passos que a poeira do tempo não apaga e guardo na alma e no coração, toda essa poesia de um cotidiano vivenciado pelos meus ancestrais"..Eduardo Carvalho.
"Quero você no Engenho, sei o quanto isso representa para a neta de Madalena Antunes, do Engenho Oiteiro. Repito, Lúcia, somos iguais em nossas origens". Eduardo Carvalho.
"É imensa a beleza do Engenho: as árvores, as frutas, os animais, o cheiro do melaço exalando do bueiro do engenho..." Eduardo.
Essas recordações surgiram em pleno Reveillon do Rifoles, onde vimos a queima de fogos, e vivemos alegrias! Brindamos! Abraçamo-nos!!!
Lúcia Helena e Eduardo -
noite plena de alegria e gratas recordações.
Eduardo Gomes de Carvalho - poeta e senhor de Engenho!
Pelas mãos do pesquisador Anderson Tavares tive acesso a uma parte da história do Engenho Pituaçu, em Canguaretama/RN, além de fotos.
A partir do ano de 1858 foram surgindo os engenhos em Canguaretama/RN, destacando-se, até os dias atuais, o Engenho Pituaçu, com aproximadamente 1200hectares de terra. O engenho acolheu muitas gerações, com a mais recente, através de Joaquim Gomes Sobrinho e seus sucessores.
A casa grande foi construída entre os anos de 1928-29, em frente ao engenho. E vem mantendo a tradição, as características que o tempo permitiu conservar, como as fachadas rebuscadas, a cobertura arrematada por cornija, a platibanda com ornatos de massa. A fachada principal da casa grande, emoldurada por cunhais e cornija, apresenta no térreo, duas janelas centrais, ladeadas por outras duas janelas mais largas, sendo todas elas de madeira pintada, assentadas em vãos de vergas retas com cercaduras de massa.
A casa grande do Pituaçú guarda inúmeros atrativos, dentre os quais, apresentando mais um suporte para colocação de cortinado em forma de cegonha e o velho cabriolé (espécie de charrete) que conduzia os moradores da casa à cidade de Canguaretama.
O Engenho Pituaçú é um dos raros no Estado do Rio Grande do Norte, onde ainda é possível admirar a paisagem bucólica aliada às construções históricas como a casa grande, o engenho e o antigo boeiro, e o que é de maior valia: o engenho está de fogo aceso.
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Nota: o resumo foi extraído do blog de Anderson Tavares, três fotos e uma de Luizinho.

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