LÚCIA HELENA PEREIRA
POETISA CEARAMIRINENSE
A DOCE LÁGRIMA
Lúcia Helena Pereira
-Ela escorria da ladeira d´alma
Radiosa como um sol.
Vinha de um cântaro de perfumadas flores,
Docemente deslizando dos meus olhos.
-Bem à beira daquela fonte de luz e riacho,
A lágrima passava veloz
Misturando-se à incansável simbiose das águas
Que o segredo buliçoso do momento,
Expandia!
-Havia naquela lágrima, uma doçura imensa,
Canção distante no olhar querente
Insatisfeito, magoado, espinho cravado na íris
Ferida ainda aberta, sangrando...
-A minha lágrima dorida
É uma fonte imensa de tristeza
Caindo num lago azul, só de flores
Onde anjos banham-se e cantam.
-Onde os meus sorrisos de infância?
Onde a felicidade de outrora?
Onde recuperar o passado?
Onde não sofrer buscando explicações?
-Desce um véu de luz dos meus olhos,
Inebriante estrela fulge ao longe,
Sinto-a escorregar entre os meus dedos...
É a lágrima contente, a festejar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário